SGDC
Primeiro satélite brasileiro foi lançado com sucesso às 18h51min desta quinta-feira (4/5)
Quinta-feira, 4 de maio de 2017, 18h51min: o Brasil lançou, com sucesso, seu primeiro satélite – o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O lançamento aconteceu a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, a bordo de um veículo Ariane 5, que também levava um satélite coreano.
O êxito da operação, confirmado 25 minutos após o lançamento, foi acompanhado em tempo real por autoridades que encabeçaram o projeto. O Presidente da República, Michel Temer, o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, o Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e o Presidente da Telebras, Antônio Loss, assistiram à decolagem e à trajetória do veículo lançador a partir de um telão nas dependências do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF).
Segundo o Presidente da República, o lançamento representa a entrada do Brasil em uma área de modernidade e avanço tecnológico, pois haverá a democratização do fenômeno digital. “Esta é uma vitória do Brasil”, disse Temer. O Comandante da Aeronáutica concorda; segundo o Tenente-Brigadeiro Rossato, o SGDC eleva a questão espacial brasileira a um novo e mais elevado patamar.
O satélite terá uso dual, ou seja, vai atuar tanto na área civil quanto militar. A banda Ka irá permitir acesso à conexão de banda larga em todos os locais do País. Segundo o Ministro Kassab, já há parcerias firmadas com outros ministérios para utilizar o satélite em melhorias na vida da população, especialmente nas áreas de saúde e educação.
Já a banda X vai servir à defesa do País, possibilitando comunicações militares e governamentais mais seguras. Para o Ministro Jungmann, segurança nas comunicações é um fator decisivo na soberania e na independência do País. Ele também destaca que, apesar de depender de dotação orçamentária, já está sendo negociada a continuidade do projeto. “Existe uma decisão da Presidência da República de que esse projeto deve continuar. E ele vai continuar”, disse.
No máximo até o dia 16 de junho, o controle do satélite passará para o Brasil. Antes disso, o SGDC leva entre 7 e 12 dias para entrar em órbita geoestacionária, a aproximadamente 36 mil quilômetros de altura; e mais 20 a 30 dias para realização de testes orbitais.